Por R$ 18.990, a meta da fabricante é comercializar 4 mil unidades até o fim do ano. Nova Shineray Storm 200 por R$ 18.990
A nova Shineray Storm 200 já começou a ser vendida nas concessionárias da marca chinesa por R$ 18.990. No vídeo acima, é possível ver que ela foi pensada para arrancar algumas vendas das motos mais vendidas do segmento.
Ela é uma rival mais barata da Honda NXR 160 Bros, que é quarta moto mais emplacada do ano, com 104.755 unidades comercializadas. Também custa menos que a Yamaha Crosser 150 S e tem o mesmo preço da Dafra NH 190.
Veja abaixo o comparativo dos preços, sem frete.
Shineray Storm 200: R$ 18.990;
Dafra NH 190: R$ 18.990.
Honda NXR 160 Bros: R$ 20.490;
Yamaha Crosser 150 S ABS: R$ 20.790;
A Storm 200 é uma crossover, moto que reúne características de dois segmentos distintos. Ela mistura características das naked — por ter uma carroceria sem muitos apliques plásticos — combinadas com itens das trail — que são as motocicletas voltadas para trilhas.
Ela faz companhia à Shi 175, a primeira moto deste segmento a ser montada na fábrica da Shineray em Pernambuco.
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Rivalidade ‘fora de estrada’
Shineray Storm 200 chega por R$ 18.990 para brigar com Honda Bros e Yamaha Crosser
g1
A proposta destas motocicletas é trazer mais conforto, com suspensões mais altas, e melhor visibilidade, já que costumam ser motos que se destacam no trânsito. Apesar da pitada de esportividade para encarar terrenos “off road”, elas não são propriamente voltadas para trilha.
Incomodar a líder Honda nunca é fácil. A NXR 160 Bros e XRE 300 (de categoria acima) estão entre as motos mais vendidas do primeiro semestre, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
A Yamaha Crosser sozinha vende mais que as projeções da Shineray para o Brasil. A meta da fabricante é comercializar 4 mil unidades até o fim do ano.
Por fim, superar a Dafra NH 190 pode ser mais fácil: ela aparece na nona posição de vendas no segmento de trail até agosto deste ano. Esse é um modelo da taiwanesa SYM, que tem motos montadas na fábrica da Dafra em Manaus.
Honda NXR 160 Bros: 79.589 unidades;
Honda XRE 300: 23.784 unidades;
Yamaha Crosser 150 S: 17.440 unidades;
Dafra NH 190: 1.010 unidades.
Shineray Storm 200 chega para brigar com Bros e Crosser
Motor ao gosto do brasileiro?
Diferentemente do propulsor utilizado na China, que tem apenas 15 cv e 1,7 kgfm de torque, aqui no Brasil a Storm 200 ganhou mais potência e torque para tentar brilhar contra a concorrência.
A Storm 200 aposta em 20,4 cv de potência e 1,8 kgfm de torque para provar que pode ser o melhor custo-benefício para o trânsito das grandes cidades.
O propulsor de 198 cilindradas de um cilindro é ligeiramente maior que as demais, e o grande “pênalti” é só rodar a gasolina. Com um tanque de 13 litros, ela alcança 500 quilômetros de autonomia, com consumo na casa dos 38,4 km/l.
A NXR 160 Bros é flex, também tem um cilindro, 14,3 cv e 1,45 kgfm quando abastecida com etanol. Ela ficou mais “fraca” na configuração 2024, pois antes a potência ficava na casa dos 14,6 cv e o torque era de 1,60 kgfm.
A Honda precisava adequar o nível de emissões do motor de 162,7 cilindradas da Bros para continuar vendendo a moto após o novo marco de regulatório (Promot 5) que passará a vigorar a partir de 1º de janeiro do próximo ano.
Já a Yamaha Crosser 150 S dispõe de 12,4 cv e 1,3 kgfm de torque, a que tem menos fôlego das três. Também é um motor flex.
A Dafra NH 190 tem motor de 183 cm³ que disponibiliza 18 cv e 1,6 kgfm de torque. Apesar de ter 2,4 cv e 0,2 kgfm a menos que a Storm 200, a NH 190 é 53 kg mais leve, o que facilita bastante as manobras no dia a dia.
Shineray Storm 200 chega por R$ 18.990 para brigar com Honda Bros e Yamaha Crosser
Divulgação | Shineray
Trail, mas acessível
Um dos temores dos baixinhos é a altura do banco das motos de trilha. Mas, de acordo com a ficha técnica da Shineray, o assento da Storm 200 tem apenas 79 cm de altura do solo, muito próxima da altura de scooters urbanas. É, por exemplo, a mesma medida encontrada na Honda ADV 150 e na sua rival, a Shineray Urban 150.
Em outras palavras, esse não será um impeditivo para motociclistas de baixa estatura, ou mesmo quem se incomoda com a questão. Em modelos off road mais caros, como os GS da BMW, a altura do assento pode ficar acima dos 90 cm.
Entre as rivais, a Storm também é a mais baixa. A Honda NXR 160 tem assento 83 cm distante do solo, e a Yamaha Crosser 150 S é ainda mais alta, com 85 cm.
Em dimensões, a Storm 200 é mais curta e mais estreita que as demais. Não se pode esquecer que isso facilita ao contornar carros parados e ao transitar pelos corredores.
O entre-eixos é praticamente o mesmo nas três, mas a Storm 200 tem a frente mais alta, o que também facilita ao encarar o vento nas estradas.
Para segurança, há freios ABS nas duas rodas, com dois canais independentes. Traduzindo, eles podem ser acionados de forma separada.
A iluminação é de LED na dianteira a na traseira e o banco bipartido ajuda a separar bem o garupa do motorista, impedindo aquela “rolagem” do garupa em frenagens.
Concorrência interna?
A Shineray já tem uma trail disponível nas concessionárias e por um preço mais baixo, a Shi 175. São duas versões: com carburador (R$ 13.990), tecnologia que será descontinuada por conta do novo marco regulatório de emissões de poluentes; e com injeção eletrônica (R$ 16.590).
Mesmo com visual semelhante, a Storm 200 tem a vantagem de ter um motor com cerca de 4 cv de potência a mais que a Shi 175.
A moto de entrada da montadora chinesa tem 16,1 cv potência e 1,8 kgfm de torque. Não são números desprezíveis, já que ela tem mais potência e torque que as concorrentes da “irmã maior”, a Bros e a Crosser.
“É uma categoria nova, então ela acaba não brigando com a Trail. É para o consumidor que está na dúvida de qual levar, sem abrir mão de nenhuma das características positivas das naked e das motos de trilha”, afirmou Thomas Medeiros, diretor de produção e distribuição da Shineray.
Manutenção
A Storm 200 é a primeira moto da Shineray com dois anos de garantia. Segundo informou a montadora, as revisões têm preço tabelado. A primeira, como de praxe em motocicletas, deve ser feita a cada mil quilômetros e, as demais, a cada três mil km.
Confira abaixo os intervalos e valores das revisões:
1 mil km: R$ 60
3 mil km: R$ 300
6 mil km: R$ 480
9 mil km: R$ 480
12 mil km: R$ 680
15 mil km: R$ 480
18 mil km: R$ 530
Shi 250 chega até o fim do ano
Medeiros também confirmou ao g1 que a Shi terá uma nova versão, com motor 250 cilindradas.
Segundo o executivo, porém, a motocicleta deve ser lançada apenas no fim do ano, pois ainda está em processo de homologação com o time de engenharia da Shineray Brasil.
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