Ficar sem a bateria é um dos maiores transtornos e existem formas de diagnosticar que ela vai ‘arriar’. Veja a lista. Em média, bateria automotiva tem de 3 a 5 anos de vida útil
Divulgação | Ford
O pior pesadelo que uma pessoa atrasada pode ter é chegar na garagem, tentar ligar o carro e ele não dar sinal de vida. Várias hipóteses podem surgir neste momento, mas o problema pode ser mais simples do que parece.
Se o problema é a bateria, fica fácil de resolver. Mas, para evitar uma surpresa, o proprietário pode observar alguns sintomas. O g1 entrevistou especialistas para saber quais são os sinais mais claros de que chegou a hora de antecipar a troca da bateria do seu carro.
Confira abaixo os cinco principais indícios de que chegou a hora de trocar a unidade de energia do seu carro, antes que ela te deixe na mão.
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1. Dificuldade na partida
O momento da partida é o que mais exige da bateria, pois é quando toda a eletricidade contida nela é direcionada para movimentar o motor de arranque, uma peça que fica acoplada ao motor tradicional para fazer os pistões girarem.
Essa é a hora mais delicada porque a bateria depende apenas dela para fazer todas as peças girarem. Após a partida, aí entra em cena o alternador, que “retira” um pouco da energia do motor para recarregar a bateria e para enviar eletricidade para outros periféricos do carro, como luzes e equipamentos eletrônicos.
Quando o motor apresenta dificuldade para dar a primeira partida do dia, duas causas são as mais prováveis:
Falta de gasolina no tanquinho, em carros flex que não possuem aquecimento de etanol; ou
A bateria que já não está mais em seus melhores dias.
Caso sinta que está mais difícil ligar o carro, cheque o tanquinho. Se ele estiver cheio, ou se o carro estiver abastecido com gasolina, a chance de ficar sem bateria é grande.
De acordo com Alexandre Dias, proprietário do Guia Norte Auto Center, “a dificuldade para dar a partida ou até a falta dela é um grande indicativo de que a bateria já não tem mais carga”.
“A falha na ignição é algo sutil, mas que deve ser observado sempre que for ligar o carro”, disse o diretor da Point S, Marco Moretta.
2. Luzes fracas
Outro importante sinal de fim de vida da bateria é a intensidade mais baixa de lâmpadas dos faróis, lanternas, painel de instrumentos e daquelas luzes de conveniência (que iluminam a cabine).
Fica ainda mais evidente quando elas são halógenas, pois lâmpadas com filamentos demonstram com maior evidência quando há uma alteração de voltagem.
Para saber se isso está acontecendo, basta colocar a frente do carro contra uma parede e acelerar. Se houver uma intensificação do facho, é sinal de que a bateria já não está mais segurando a carga que deveria.
Outro sinal mais óbvio, mas que jamais deve ser ignorado, é o acendimento de alerta da bateria nos mostradores. Caso isso ocorra, procure imediatamente a sua oficina de confiança.
3. Equipamentos falhando
“Se perceber falhas ou mau funcionamento de alguns equipamentos, como ar-condicionado, vidros elétricos ou sistema de som, desconfie da bateria”, orientou Dias, do Guia Norte.
De acordo com Moretta, da Point S, “na hora de subir o vidro elétrico é preciso observar se a velocidade com que ele sobe é a mesma de antes, quando a bateria estava nova. Esses sintomas vão aumentando aos poucos e, com o dia a dia, fica mais difícil essa percepção, mas ela é importante”.
Assim, ao verificar que equipamentos falham ou que o motor elétrico do vidro já não tem mais tanta agilidade para fechar, é hora de procurar um centro automotivo para checar a bateria.
4. Zinabre
Por conta de reações químicas, que são as responsáveis por prover a eletricidade da unidade de armazenamento de energia, existe um efeito colateral que não pode ser ignorado com o tempo: a formação de zinabre.
O zinabre é uma espécie de ácido com aspecto esverdeado que se deposita nos polos da bateria conforme o tempo de uso. Ele pode indicar, inclusive, se a bateria já está com os dias contados. É uma reação natural da maioria das unidades de armazenamento compostas por chumbo-ácido, a maioria disponível no mercado.
“Corrosão, vazamento ou estufamento, além da presença de zinabre, podem indicar uma sobrecarga da bateria”, alegou Dias, do Guia Norte Auto Center.
O excesso de zinabre pode, inclusive, prejudicar a passagem de eletricidade de um polo para o outro. O acúmulo dessa sujeira pode desconectar os cabos dos terminais.
5. Idade da bateria
“Antigamente, as baterias duravam mais porque os carros tinham menos equipamentos eletrônicos embarcados. Hoje, com tantos sensores e eletrônicos, é comum que a idade média da bateria gire em torno de 3 a 5 anos”, alertou Marco Moretta, diretor-geral da Point S Brasil.
Por isso, após três anos, vale ficar de olho nos outros quatro sinais apresentados nesta reportagem. De acordo com o executivo da Point S, há um escâner que consegue verificar exatamente a quantia de energia que ela ainda é capaz de segurar.
Assim, vale a pena procurar uma oficina mecânica que consiga emitir um laudo antes de fazer a substituição da unidade de energia.
“Se você passar na oficina e fizer revisão, que normalmente é feita uma vez por ano, aproveite para pedir para o mecânico ver como está a vida da bateria para não ter surpresas e ficar na mão”, argumentou Moretta.
O preço médio de baterias para carros populares, como Renault Kwid e Fiat Mobi, gravita entre R$ 400 e R$ 600.
Para saber se a bateria ainda tem vida útil, há um scanner que verifica o status da unidade de energia e emite um laudo. Assim, o consumidor sabe se está, ou não, na hora de fazer a substituição
Divulgação | Point S
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